sábado, 31 de maio de 2014

Airtime – Crie uma emissora de rádio totalmente gratuita

O titulo do artigo é interessante e certamente que a primeira coisa que apetece fazer é experimentar o Airtime….força, vamos a isso…para tal basta aceder aqui.

Nos meus tempos de adolescente andava na moda o mundo das “rádios amadoras”. Com recurso à tecnologia da altura, cada um criava umas playlists e preparava umas noticias para se transformar num autêntico “radio Man”.

Actualmente, com as tecnologias e serviços disponíveis e também porque a largura de banda da nossa Internet assim o permite, é possível criar uma autêntica emissora de rádio totalmente gratuita. Recentemente conheci um projecto fantástico para criação de emissora de rádio amadoras. Vamos conhecer o AirTime.




AirTime é um projecto open source para criação de radios online. Inicialmente conhecido como Campcaster, aSourcefabric disponibilizou em 2011 o AirTime como o objectivo da comunidade reinventar a plataforma. A plataforma sofreu um conjunto de melhorias e actualmente são muitas as funcionalidades que oferece das quais destacamos:
  • Interface muito intuitiva e bem organizada
  • Permite organizar facilmente todas as musicas
  • Criar facilmente playlists (através da funcionalidade Playlst Builder)
  • Pesquisar musicas
  • Capacidade de editar os metadados das músicas directamente do Airtime
  • Agendamento
  • Ferramentas de streaming integradas
  • Disponibilização de um calendário para organização da “agenda musical”
  • Ferramentas de DJ, integração com o Soundcloud



A ultima versão do Airtime (versão 2.1) permite ainda a ligação a outras aplicações de musica como é o caso doMixxx ou Virtual DJ.

Veja aqui as novidades do Airtime 2.1






Como instalar o Airtime no Ubuntu?

Para quem pretender instalar esta plataforma no Ubuntu, basta abrir o terminal e inserir os seguintes comandos.

sudo apt-get update sudo apt-get install airtime



Se tiver alguma duvida na instalação/configuração do AirTime, pode consultar a documentação oficial aqui. Após a instalação do Airtime basta abrir um browser e aceder ao endereço http://localhost

Este é sem duvida um excelente projecto Open Souce. Pessoalmente gostei bastante da plataforma e até já fiz uns projectos engraçados. Alguém quer criar uma rádio para o trabalho, ou para a escola??? O Airtime é uma opção muito muito interessante.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Veduca traz aulas do MIT, Harvard, Yale e outras legendadas em português



Sempre que colocamos aqui algum curso ou aulas em vídeo, um detalhe inviabiliza a participação de muita gente: o inglês. Como a maior parte desse material está na língua do tio Sam, a barreira do idioma inviabiliza o aproveitamento desse rico material. Um brasileiro está destruindo essa barreira. Conheça Carlos Souza e o Veduca.

Carlos abandonou seu emprego como engenheiro em uma multinacional para investir tudo no Veduca, um site que legenda e disponibiliza, gratuitamente, aulas de instituições como MIT, Harvard, UCLA, Stanford… Como apenas 2% da população brasileira tem o inglês afiado, ele acredita haver potencial na ideia.

No momento, o Veduca já conta com mais de 200 aulas traduzidas e já no primeiro mês teve 73 milhões de acessos aos seus vídeos. Em entrevista à Galileu, Carlos disse que o portal foca em universitários, profissionais formados e professores, mas que não há impedimento algum para que outros perfis usufruam do serviço. Com a quinta maior população universitária do mundo (6,1 milhões) e mais e mais gente interessada em aprender via Internet, mercado para o Veduca, há.

Os planos de Carlos são ambiciosos: ele quer levar aulas de universidades brasileiras para a Internet. Parcerias com algumas, não reveladas, já estão sendo firmadas e nos próximos meses as primeiras aulas nacionais deverão aparecer no site. Além disso, uma ferramenta de legendagem colaborativa está sendo desenvolvida, o que permitirá que fluentes no inglês ajudem no trabalho de tradução do material internacional.

O Veduca, como dito, é gratuito e divide seu acervo de acordo com vários critérios — professores, universidades, disciplinas e assuntos. Acesse-o no link ao lado. [Veduca via Galileu]

Origem: http://gizmodo.uol.com.br/veduca-traz-aulas-de-universidades-estrangeiras-legendadas-em-portugues/

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Jardim pequenino parece maior (e mais aconchegante) com reforma rápida

Antes sem graça, o compacto jardim de 20 m2 desta moradia paulistana era pouco visitado pelos donos, Carolina Alionis e o marido, Alexandre Guerreiro Frota. Inconvenientes resolvidos pelo paisagista Edu Bianco, que começou fazendo o local parecer maior. “Pintei o paredão de verde. iIsso cria um fundo infinito e parece prolongar o espaço”, comenta o profissional. “Ao mesmo tempo, ele planejou cada detalhe a fim de tornar a área mais aconchegante”, conta Carolina. Edu reservou um canto para a mesa e desenhou curvas com os pedriscos palha do piso, pois acredita que linhas retas quebram a harmonia do jardim. Por fim, alternou espécies com perfume e flores diversas, que abrem em diferentes estações do ano.

Cor verde traz sensação de fundo infinito ao ambiente

Na parede pintada de tinta acrílica da Sherwin-Williams (ref. SW6741), há uma treliça de ferro com seteléguas (Podranea ricasoliana). Ela gosta de sol e dá fores na primavera e no verão. Poda-se mensalmente.

As fores da ixora-rei (Ixora macrothyrsa) brotam na primavera e no verão. Regas em dias alternados.

Rente aos pedriscos, a gramaamendoim (Arachis repens) não aguenta pisoteio, mas protege a terra de intempéries. A perfumada gardênia (Gardenia jasminoides) foresce na primavera e no verão.

Origem: http://casa.abril.com.br/materia/reforma-jardim-pequeno#2

Aprenda a organizar cabos e fios espalhados pela casa



Já parou para contar a quantidade de aparelhos eletrônicos, adaptadores e carregadores que você tem? Inúmeros, provavelmente. Mas eles não devem atrapalhar a decoração. “Além de o ambiente ficar mais bonito, manter os fios em ordem facilita a limpeza”, destaca Barbara Paludetti, designer de interiores de Santo André, SP. “E reduz o risco de acidentes”, completa a colega Ludmila Wilson, de Belo Horizonte. Essa deixará de ser uma tarefa difícil, pois já há nas lojas organizadores práticos e cada vez mais charmosos. Conheça as soluções para um resultado perfeito.

*largura x profundidade x altura. Preços pesquisados entre 23 de fevereiro e 4 de março de 2012, sujeitos a alteração.

Tire da vista os cabos de uso esporádico, como carregadores de câmera fotográfica. uma forma de armazená-los é dentro de rolos de papel higiênico forrados de papel para scrapbook (casa da Arte, de R$ 1 a R$ 2,50 a folha). sacos plásticos com fecho hermético (da Qualitá, pão de Açúcar, R$ 9,99 o kit com dez unidades) dão conta de itens maiores. coloque tudo em uma caixa, que pode ter divisórias também revestidas de papel estampado.

Fitas de velcro de 20 cm, com um prendedor na ponta (modelo 3708, da Engedom), atam vários condutores de uma vez. Kalunga , R$ 7,50 a embalagem com seis unidades coloridas

Cabos bagunçados ocupam mais espaço do que aqueles amarrados. por isso, lance mão de produtos que servem para prendê-los – a ideia vale quando os fios estão ligados a um aparelho e também para guardá-los de jeito mais ordenado em uma gaveta. O Petit, de tecido e couro sintético, tem um compartimento para encaixar a ponta metálica do USB. Smuzi , R$ 14

Nada de fios espalhados pelo chão! existem pecinhas que ajudam a conduzi-los discretamente pelas paredes ou mesmo atrás de mesas e estantes. O Suporte para fios, da Command 3M, traz quatro ganchos e cinco adesivos, que são removidos sem danificar a superfície. Peg&Faça, R$ 13,90

Se a sala é o ambiente que fica mais exposto ao olhar das visitas, melhor caprichar para que a fiação não comprometa o visual. Na área do rack, que concentra diversos equipamentos, tire proveito de um tubo espiral de plástico (para conduzir os cabos do decodificador e do DVD ao televisor, por exemplo) e de uma canaleta de PVC, na qual podem ser escondidos os fios que vão para as tomadas. “Prenda a base da canaleta na parede com pregos pequenos e, depois, encaixe a tampa”, explica a arquiteta Joice Sashalmi, da Bátor!, de São Paulo. “Para o acessório ficar mais firme, você pode optar por buchas e parafusos”, acrescenta. Em formato de espiral (9 mm de diâmetro), o organizador tem 1,50 m de comprimento (Multicoisas, R$ 9,90) e a canaleta de PVC mede 2,10 m (Dicico, R$ 32,90)

As lojas mais descoladas – e em especial os endereços virtuais – têm importado organizadores que chamam a atenção pelo visual. Com eles, você não só arruma a bagunça como decora o ambiente! Estes clipes são um exemplo: presas com preguinhos na parede, as peças plásticas em formato de folha traçam o caminho dos condutores de maneira graciosa. O pássaro dá o acabamento, como se tivesse acabado de pousar sobre o fio. O Clipes Decorativos para Fios vem com 12 folhas, um passarinho, pregos e adaptadores para cabos finos. MO.D , R$ 42

Se você às vezes é acometido de uma vontade súbita de simplesmente jogar fora aquele monte de fios, respire fundo e veja esta ideia simples e funcional: uma caixa de plástico – com tampa e duas aberturas para a entrada e a saída da fiação – esconde até uma régua de tomadas. As cores vibrantes (azul, pink, verde, amarelo e laranja) conferem um toque divertido à habitual sobriedade do home office. Da Bluelounge, a CableBox Mini (24 x 12 x 13 cm*) também está disponível em preto e branco. Cose Non Parole , 4 x R$ 24,75

Nem só de monitor, processador e teclado vive uma mesa de trabalho. Ela também acomoda acessórios, como caixinhas de som e microfone, e basta desconectar um desses aparelhos para os fios caírem automaticamente no chão. Há produtos que impedem esse movimento, como estas pecinhas de borracha, que, ao serem coladas na superfície, seguram os condutores. Feitos de borracha flexível, os CableDrops (3,5 x 2 x 3,5 cm) levam adesivo na face inferior. Da Bluelounge. Fnac , R$ 35,90 o pacote com três unidades

Origem: http://casa.abril.com.br/materia/aprenda-a-organizar-cabos-e-fios-espalhados-pela-casa#1

terça-feira, 27 de maio de 2014

Como camuflar de forma elegante o seu roteador



Você tem um roteador. Ele é feio e fica piscando. Talvez está localizado em algum lugar onde você não consiga tirá-lo totalmente de vista. Talvez ele precise ficar ali para que o sinal seja forte o bastante para os locais onde você o acessa. Independente do motivo, eis uma forma rápida, muito fácil e bem elegante de camuflar o seu roteador em casa:
Encontre uma capa bem bonitona de um livro que não tenha muito valor que tenha a mesma altura e profundidade do seu roteador quando deitado;
Limpe o miolo do livro, removendo todas as suas páginas (uma faca afiada ajuda a fazer o serviço, aparentemente);
Deslize o roteador para dentro do livro de modo que a lombada desse fique na frente.

Eeeeeee, é isso.

Essa provavelmente não é uma boa ideia se a saída de calor do seu roteador estiver localizada nas laterais ou na parte de trás. Mas para o resto de nós, é uma forma simples de “de-nerdizar” a casa. [Ana Maria Muñoz via Apartment Therapy]

Origem: http://gizmodo.uol.com.br/como-camuflar-de-forma-elegante-o-seu-roteador/

Aprenda a criar arranjos com foto para decorar as paredes

Nas paredes, sobre um aparador e até na porta de um ambiente, as fotos conquistam os olhares quando apresentadas de maneira criativa. “Para formar uma composição moderna, explore os diferentes suportes e misture imagens de temas e tamanhos variados”, ensina o arquiteto André Largura, do Studio Ambienta, de Curitiba. Estes belos arranjos e produtos irão ajudá-lo na deliciosa tarefa de expor as cenas que o emocionam.


Para quem prefere não furar a parede, uma boa sacada é apoiar os retratos emoldurados sobre um aparador, que pode ser um bufê ou as prateleiras de uma estante. Aqui, o preto e branco comparece tanto no móvel quanto nas molduras. A pitada de cor fica por conta das imagens e dos enfeites. Fotos de Cristina Barbi (a partir de R$ 300) à venda na Desmobilia, assim como o bufê.


O colorido das peças trabalhadas levantou o astral no canto de estudos. Sobras de tinta látex serviram para pintar as molduras feitas de gesso, originalmente brancas (Daiara Artes, R$ 6,60 a amarela e a vermelha e R$ 2,40 cada uma das pequenas). Na hora de dispor os elementos, foram criados dois grupos, com tons que combinam entre si.


Em banheiros, a umidade tende a danificar as fotos em papel. Aqui, a solução veio na forma de um adesivo vinílico, que recobre a porta de vidro. A película reúne três cliques – dois deles revelam os próprios azulejos assentados na parede do ambiente. A impressão, com tinta atóxica e no tamanho 0,70 x 2,38 m, custou R$ 150 (com instalação) na Adsive.


As formas arredondadas dos vasos de vidro criam efeitos nas imagens em preto e branco, produzindo um visual inusitado. Mesclar peças de formas e tamanhos diversos torna o conjunto ainda mais interessante. Valem copos, potes de geleia, aquário antigo e itens de lojas populares (o último modelo à direita, por exemplo, custou R$ 16,99 na Casa China). Fotografias de Alessandra Okazaki.


Presas por fitas (Casa das Embalagens), as recordações impressas parecem embaladas para presente. O vão no forro de gesso serviu de abrigo para os pregos que sustentam cada tira. Elas são amarradas ao suporte de trás dos porta-retratos e também formam os laços, fixados com cola quente. Cuide para deixar livres cerca de 30 cm entre o encosto do sofá e o arranjo.


Uma moldura de 66 x 80 cm, com aspecto envelhecido, funciona como um charmoso apoio para este conjunto de cliques. Presos no verso da peça com preguinhos, fios prateados de artesanato dão origem a quatro varais. Minipregadores (Armazém das Embalagens, R$ 2 o kit com dez) organizam as fotos com borda branca, o que ajuda a dar uniformidade à composição. Parede na cor cinza granito (ref. 00nn 37/000), da Coral


A clássica dupla preto e branco se repete em cliques, molduras e passe-partouts. Esta formação iniciou de cima para baixo, da esquerda para a direita, com um espaçamento de 5 cm entre as peças. Algumas delas são modelos comprados prontos (Leroy Merlin, a partir de R$ 49), que permitem trocar a imagem facilmente. A dica é montar antes o conjunto no chão para testar a paginação mais harmoniosa.


No projeto dos arquitetos André Largura e Giovana Kimak, do Studio Ambienta, a formação assimétrica exibe obras de diferentes tamanhos, além de contrastar o preto e branco dos degraus registrados por Dea Fylyk (Espaço Moldura Minuto) com as cenas de cores vibrantes das fotografias da curitibana Charly Techio.


Deu para contar a história completa da família nesta árvore genealógica, que tem como base um adesivo decorativo (1,25 x 1,90 m, Stixx , R$ 128). Com fita-crepe, os retratos foram dispostos de baixo para cima, dos bisavós à caçula da linhagem. Como as impressões ficam expostas, cuidado para não deixar acumular poeira. Se forem relíquias, convém fazer uma cópia antes.


Em um varal feito de 2 m de fita de cetim, pregadores de madeira suspendem as fotos favoritas da dona deste quarto, de 5 anos. Para esconder os pregos nos cantos, foram aplicados broches de organza, reaproveitados de uma fantasia. A posição do varal respeita a altura da criança, para que ela mesma possa trocar as imagens e misturá-las a seus desenhos.


Uma velha janela é a estrutura deste painel. A peça de 81 x 63 cm foi tingida de preto (esmalte fosco Coralit, da Coral) e, no lugar do vidro, recebeu duas placas de foam board (isopor revestido de papel-cartão) cobertas de tecido. Para o resultado ficar firme, encomendou-se o acabamento a uma loja de molduras. Tachinhas prendem os cliques e puxadores penduram bolsas e colares.


O divertido porta-retratos Nós na Kombi (19,5 x 20 cm) é para os saudosistas. A versão de plástico do famoso veículo comporta uma foto 10 x 15 cm. Imaginarium , R$ 64,90


Pelo site Imãgram, os cliques viram ímãs de 5 x 5 cm. Apesar de ter sido criado para imagens feitas pelo aplicativo de celular Instagram, é possível usar o serviço com qualquer retrato. Imãgram , R$ 10 (três ímãs), R$ 15 (cinco ímãs) e R$ 25 (dez ímãs)


As imagens da rede social Facebook já podem invadir as paredes dos ambientes. A Telhanorte criou um aplicativo que estampa azulejos de 15 x 15 cm com os cliques de álbuns e, ainda, com outros arquivos digitais. Parede Social , R$ 9,90 cada

Origem: http://casa.abril.com.br/materia/aprenda-a-criar-arranjos-com-foto-para-decorar-as-paredes#20

O método do Sr. Miyagi

Enquanto pintava uma cerca, polia o chão e encerava o carro, Daniel San aprendeu golpes de caratê. E pelo caratê aprendeu um pouco mais de tudo.
O método indireto do Sr. Miyagi não funciona romanticamente assim nas artes marciais, mas talvez possamos experimentar um processo parecido na vida. Se todos os microatos mais cotidianos (como escovar os dentes) expressam o estado de nossa mente, será que podemos estimular uma causalidade inversa, usando ações simples (como lavar um carro) para nos transformar?
"Não parece, mas você também está aprendendo a controlar a ejaculação – só depois isso fará sentido, Daniel San, agora respire de novo"

Bagunça de sapatos no templo zen

Assim que comecei a cursar filosofia, com 18 anos, encontrei Mente zen, mente de principiante perdido na biblioteca da USP. Pirei e logo liguei para o templo Busshinji perguntando pelo horário dos iniciantes.
Entrei na sala de prática junto com outros novatos, todos nós ansiosos por receber instruções de zazen, com medo de não aguentar os 45 minutos de imobilidade. Antes de qualquer coisa, a professora apontou para a porta, onde havíamos tirado nossos sapatos no piloto automático, e disse: “É assim que deve estar a mente de vocês. É assim que deve estar a vida de vocês”.

Ansiedade ao avançar um vídeo no YouTube

Alguém recomenda uma longa entrevista com David Foster Wallace e você clica para ver qual é. Noprimeiro de nove vídeos ele começa citando Wittgenstein e você passa alguns milissegundos ponderando entre duas escolhas: 1) realmente parar tudo e ouvir com interesse; 2) clicar na barrinha, pular para 2:30, 4:58, avançar até o fim em busca de algo extraordinário que em poucos segundos capture sua atenção, sirva como entretenimento e o faça divulgar no Facebook como “foda” ou “genial”.
Ora, isso que esperamos encontrar pulando para o meio do vídeo, essa coisa incrível, isso não existe. Vamos morrer frustrados em modo forward.
Se fazemos isso com vários vídeos todo dia, como essa mesma mente está lidando com projetos, relacionamentos, viagens, grandes coisas? Provavelmente com a mesma ansiedade, com a mesma dependência de estímulos, olhando tudo como entretenimento, sem nunca se satisfazer, sempre querendo checar se vale a pena ou se tem coisa melhor na outra aba, sem conseguir parar e viver com interesse.

Link YouTube | Todas as lições do Mr. Miyagi. Você consegue assistir ao vídeo mais incrível do mundo sem clicar na barra de navegação?

Desânimo ao escovar os dentes

Quando minha vida começa a ficar zoneada ou o sentido das coisas se embaça, a primeira coisa que muda é o modo como escovo os dentes. Eu estou longe de me deprimir ou surtar, mas já começo a colocar a pasta de modo mais displicente e esfrego a escova sem tanto vigor, sem me dedicar nos ângulos mais profissionais, como se eu não confiasse mais no propósito da limpeza. Os dentes parecem mais amarelos, irreversivelmente sujos.
Ali, no micromundo do espelho do banheiro, acontece o que em breve acontecerá com todos os âmbitos da minha realidade. Ali eu posso observar minha mente começando a se perder, meu corpo começando a entortar. E ali mesmo eu posso redirecionar tudo com a escova. Aumento o vigor, corto a ilusão, sorrio. Se tivesse deixado a confusão crescer para além da boca, seria bem mais difícil encontrar algum objeto xamânico para retomar a sobriedade.

Indisponibilidade com a caixa de almofadas

Ano passado Fábio Rodrigues chegou no QG com uma caixa cheia de almofadas de meditação: “Gitti, dá uma olhada”. Eu abri por cima: “Legal”.
Ele se aproximou nervoso: “Abre direito, porra, assim ó”. Tirou as almofadas, me jogou algumas na mão. “É bem assim que você está vivendo, cara”. Eu concordei. Sempre com pressa, ocupado, tratando qualquer evento como interrupção, como se tudo e todos estivessem me atrapalhando. As coisas e pessoas e situações que surgiam eu não abria, só olhava por cima, sem adentrar, sem pegar na mão.
Até hoje, especialmente no QG, eu vivo meio de lado, passando, como se eu não quisesse parar a qualquer momento, conversar, entrar. Faço já indo fazer outra coisa. Sofro de indisponibilidade.
Karate Kid - Sr. Miyagi

O método xamânico do Sr. Miyagi

Alguns microprocessos servem apenas para nos ajudar a detectar travas e aflições, não para trabalhar com elas. Inviável se iluminar escovando os dentes, alinhando sapatos, abrindo malas ou assistindo a vídeos sem pular. Porém, é possível usar uma infinidade de ações banais para desenvolver qualidades corporais e mentais que serão utilizadas em muitos outros contextos.
No budismo zen, por exemplo, em paralelo ao estudo e à prática formal de sentar em silêncio, todos os trabalhos manuais são encarados como extensão do treinamento: cortar alimentos, cozinhar, limpar o banheiro, cortar a grama, cuidar da horta… Mais ainda, qualquer tipo de arte ou técnica é usada como suporte e meio hábil: ikebana, cerimônia do chá (sato), bonsai, arco e flecha (kyudo), haikai, sumi-ê, bushido, kabuki.
Numa fala rasa, podemos arriscar dizer que o princípio ativo é parecido com o método do Sr. Miyagi: cortar cenouras ou atirar uma flecha são jeitos de detectar onde está a nossa mente (estou distraído ou presente, sinto cansaço, orgulho, raiva?) e também mecanismos de cultivar, exercitar, desenvolver outro funcionamento, outros hábitos.
“Todas essas coisas, o arco, a flecha, o alvo e eu estamos enredados de tal maneira que não consigo separá-las. E até o desejo de fazê-lo desapareceu. Porque, quando seguro o arco e disparo, tudo fica tão claro, tão unívoco, tão ridiculamente simples.”
–Eugen Herrigel | A arte cavalheiresca do arqueiro zen
Durante a formação de 3 anos para virar líder de TaKeTiNa, vi meu professor usar diversos instrumentos para trabalhar com as pessoas por meio do ritmo. Berimbau, caxixi, surdo, tschanggo, conga, cantos tribais… Enquanto a gente pensa que está aprendendo a usar a pedra no berimbau, na verdade estamosaprendendo a relaxar corpo e mente no meio do caos. Quando escrevo sobre isso agora, pode soar como uma metáfora ou abstração, mas é exatamente assim que acontece.
Do mesmo modo, em rodas de TaKeTiNa, as pessoas usam os pés, as mãos e a voz para explorar processos sutis que operam de modo quase invisível, pouco concreto, durante a vida cotidiana. No trabalho, ficamos estressados sem perceber. Nas relações, ficamos ciumentos, raivosos, ansiosos, sempre culpando elementos externos. Fazendo apenas ritmos crus, sem histórias e conteúdos para atrapalhar, fica mais evidente quando surgem as tensões, quais as estruturas que nos fodem. Além de nos observar, também conseguimos mexer diretamente com cada experiência, testar outros posicionamentos internos, descobrir outros jeitos de viver.
A mente só aprende pelo corpo
Artes marciais, meditação, esportes, método Feldenkrais, escrever para o PapodeHomem, qualquer trabalho ou atividade pode ser usada por alguém com essa habilidade de xamã. Quase todo xamã, aliás, adoece gravemente na infância ou adolescência e é curado por um tipo de mecanismo que depois vai usar para curar outros seres (música, ervas, toques, hipnose, palavras, rituais, qualquer coisa vira macumba).
Você pode fazer um chá e apenas fazer um chá, escrever um texto e apenas escrever um texto, dar uma palestra e apenas dar uma palestra, limpar sua casa e apenas limpar sua casa. Ou pode aproveitar cada ação para se engajar em algum treinamento, para desenvolver qualidades corporais e mentais que serão utilizadas em muitos outros contextos.
Melhor ainda se encontrar algum professor que saiba como usar alguma técnica para treiná-lo em outra coisa. Em vez de aprender a tocar somente guitarra, por exemplo, um bom professor xamazão é capaz de te ajudar a tocar sua vida inteira de outro modo. Ele vai vincular cada processo da guitarra com um desafio específico de proporção muito maior. Vai te encurralar de um modo que será necessário mudar boa parte da sua vida para conseguir fazer aquele solo, ou cortar cenoura sem hesitação, ou bater palmas no ritmo, ou produzir um sumi-ê verdadeiramente esportâneo…
Se bem usada, qualquer coisa pode servir para espelhar sua vida, como um mecanismo orgânico debiofeedback e auto-regulação. Se você relaxa, o som do berimbau sai perfeito. Se você surta, o berimbau grita isso na sua cara e para os outros. É quase como se você começasse a enxergar nitidamente alguns monstros abstratos como medo e impaciência.
O resultado técnico é o de menos. O que importa é quanto o corpo aprendeu e como ele começou a se mover por trás, em paralelo, ao redor daquele aprendizado específico. Se começamos a fazer esse processo com várias coisas, nossa vida inteira pode se transformar em um treinamento incessante. Mas esse é um ponto que precisa de outro texto para ser detalhado. Entraremos nisso em breve.
Estou curioso para saber se vocês têm mais exemplos e relatos do primeiro tipo (momentos corriqueiros que evidenciam grandes dinâmicas da sua vida) e do segundo (processos comuns que nos possibilitam treinar outra coisa). Seguimos o papo nos comentários.

origem: http://papodehomem.com.br/o-metodo-do-sr-miyagi/

Seis passos para uma calçada segura

O que é um projeto legal? “Aquele no qual, por exemplo, a faixa livre seja contínua, sem interrupções ou obstáculos”, explica Amauri Pastorello, gerente de calçadas da Prefeitura de São Paulo. Além dos buracos e declives, que dificultam a passagem de qualquer pedestre, podem ser considerados obstáculos pedras soltas ou pisos que trepidam e, assim, complicam o trânsito de cadeirantes, carrinhos de bebê, pessoascom bengalas ou apoios ou com calçados de salto alto.
Em São Paulo, entre as alterações recentes está o aumento significativo da multa para quem desrespeitar as regras: R$ 300 por metro linear de passeio fora dos padrões (contra R$ 96 de antes da chamada Nova Lei das Calçadas).
DIvulgação

01. Faixa de acesso: mais próxima da casa, é permitida (e recomendável) quando o passeio soma, no total, pelo menos 2 m de largura. É uma opção para cultivar vegetação, o que contribui para a drenagem natural de água da chuva.
02. Faixa livre: embora a medida mínima da área dedicada ao trânsito de pedestres varie de cidade para cidade, a largura de 1,20 m é considerada adequada. A mobilidade e a segurança desse passeio dependem da escolha de materiais e sua conservação.
03. Faixa de serviço: perto da rua, destinase à colocação de árvores, rampas de acesso, postes de iluminação, sinalização de trânsito, bancos, floreiras, telefones, caixas de correio e lixeiras. Precisa ter no mínimo 0,70 m.
04. Piso tátil: o relevo que sinaliza o caminho para o deficiente visual deve ser aplicado nas esquinas, nas rampas, em volta de telefones e em toda a linha que limita a faixa de circulação.
05. Rebaixamentos: junto das faixas de travessia, facilitam o deslocamento de cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebê da calçada para a rua.
06. Rampa para carros: recomenda-se que ocupe de 0,50 a 1 m e não mais que um terço da área de passeio.

origem: http://casa.abril.com.br/materia/seis-passos-para-uma-calcada-segura